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terça-feira, 1 de novembro de 2016

Mãe Luíza Existe e Resiste



Mãe Luíza Existe e Resiste - Música 1993 Wilson Palá. Registro de ensaio com o Professor Fábio Cruz e alunos do projeto Vira Vida 2015

Mãe Luiza

Subida do morro
Poeira na cara
Favela do lado
Menino chorando
O povo fazia
O poder destruía
E todos diziam 
Que dali não saiam

E resiste Mãe Luíza
Existe e resiste

Resistiu à fome e sede
Resistiu à exploração
Resistiu quando o progresso
Trouxe a discriminação

E resiste Mãe Luiza
Existe e resiste

O povo unido
Não esta só
É preciso lutar
Por um bairro melhor
Plantar segurança
Nos corações,
Unificar as religiões
Gritar por saúde e educação
Juntar nossa gente
E buscar solução.

 Wilson Palá

O Caminho da Luz



O Caminho da Luz é uma trilogia em literatura de cordel que conduz o leitor a uma viagem entre a terra, o céu e o inferno na companhia do saudoso padre Sabino Gentille que deixa esse plano em 08 de julho de 2006. É elaborado em três episódios onde a 1ª parte é a Chegada de Padre Sabino no Céu; 2ª parte: Sabino no Inferno e a 3ª e última parte: Sabino Volta ao Céu. Assim, quero convidá-lo para embarcar nessa viagem fantástica e aproveitar esse instante de leitura. Boa viagem. 

A CHEGADA DE PADRE SABINO NO CÉU

E foi na década de dez
Pleno século vinte e um
No ano dois mil e seis
Que surgiu um zum, zum, zum:
O padre Sabino Morreu
Em busca do bem comum.

Foi um choque para o povo
Que estava desprevenido
Sabino foi viajar
Mas havia prometido
De voltar pra Mãe Luíza
Com seu plano resolvido.

Pena que não deu certo.
Na sua terra, ficou.
Ele ouviu o chamado:
”A sua hora chegou.”
E nada pode fazer,
Da carne se libertou.

O povo chorou em coro
Mas tudo foi consumado.
Enquanto muitos choravam
Os anjos no outro lado
Tramavam quem desceria
Para pesar os pecados.

Nos portões grandes do céu
Sabino havia entrado
Estava na recepção
Para ser interrogado.
Só dependia que o anjo
Fizesse o apanhado.

O anjo veio à terra
No corpo dum passarinho
Pra ouvir opiniões,
Anotá-las num bloquinho
Pra confrontar a história
E indicar o caminho.

O pássaro pousou num galho
Duma pequena mangueira
Onde um grupo conversava
Numa ação corriqueira,
Da vivência de Sabino
Na comunidade inteira.

“Ele era muito justo!”
Disse assim uma velhinha.
“Ele vendia a miséria
Daqui da nossa terrinha
Pras terras dos estrangeiros
Pra ganhar uma graninha”.

Falava todo empolgado
Um senhor de meia idade.
“Ele trouxe o progresso
Pra nossa comunidade”
Disse uma senhora
Usando um tom de verdade.

O senhor continuou:
“Ele quebrou tradição,
Costume, crença e valor
Da nossa população
Deixou a gente carente
De uma religião.”

O passarinho ouvia
E tudo ele anotava.
A opinião do povo
Era tudo que faltava
Pra juntar com o relatório
E o julgo terminava.

Então voou mais um pouco
Em outra localidade
Outro grupo comentava
Mostrando seriedade:
“Ele construiu coisas
Pra toda eternidade.”

“Ele foi um professor,
Filósofo e estudante,
Foi pai, padrasto e padrinho
Do beato ao traficante;
Foi nessa comunidade
O homem mais importante!”

O pássaro ouvindo isso,
Achou o suficiente.
E voou para o céu
Agora bem consciente.
Chegando, se transformou
No anjo, urgentemente.

Foi direto ao arquivo
Pois já estava atrasado
E pegou dois relatórios
Pra serem analisados
Mas deu uma ventania
Foi folhas pra todo lado.

Ele foi juntando as folhas
Sem perceber o teor
E correu pro julgamento
E deu ao inquisidor.
Que olhou para Sabino
E disse sem muito amor:

“Na opinião do povo
Você tem a salvação.
Mas, consta no relatório
Crimes contra a nação.
Sua sentença é o inferno
E cem anos sem perdão.”

Zé Gonçalves e Zé Ruído
Tentaram uma intervenção
Alegaram que trocaram
A ficha de acusação
Confundindo o Sabino
Com o lendário Lampião.

SABINO NO INFERNO
Lit. de cordel – Wilson Palá
Parte II

E nos portões do inferno
O fogo era escaldante
Sabino olhou pra cima
Achando muito intrigante
Pois o seu lugar no céu
Vivia bem confiante.”

O secretário do diabo
Anunciou: “Pode entrar!
Aqui não tem julgamentos
É pra qualquer um morar.
Eu só não posso dizer
Se tu daqui, vai gostar.”

Pelos portões do inferno
Sabino foi adentrando
O calor era tão grande
Que ele foi avermelhando
Mas o diabo gritou:
“Você vai se acostumando.”

Deram-lhe uma picareta
Para ele trabalhar
Jogaram-no num buraco
Disseram: “pode cavar
Daí você vai fazer
O seu verdadeiro lar.

Pois começou a cavar
Nenhum lugar não chegava
A quentura lhe invadia
A sola dos pés estourava
E a água que bebia
Com mais sede ele ficava.

E continuou cavando
Não podia descansar
Não tinha hora pra nada
Nem começar, nem findar
Só se ouvia a ordem:
“Nunca pare de cavar!”

Os dias foram passando
E ele muito cansado
Nem se escorar, podia
Era quente em todo lado.
Até que um belo dia
Percebeu o resultado.

De tanto ele cavar
O buraco atravessou.
Caiu num vale perdido
E muita gente encontrou
Ainda muito cansado
Do povo, se aproximou.

Gente de todo tipo
Estava ali empilhada
De terno e de batina
Sem roupa, despenteada
Com expressões de espanto
E a perna acorrentada.

Sabino se aproximou
Quase que foi devorado
Por sorte, alguém falou:
“Solte esse condenado
No livro está escrito:
De cima será chegado.”

“Quero água, por favor!”
Disse assim e desmaiou.
Quando tornou, percebeu
Que algo, nele, mudou.
Estava muito disposto
Achava até que sonhou.

Quando abriu os olhos
E olhou ao seu redor
Viu que tudo era real
E nada ficou melhor.
Em torno da multidão
Só esperava o pior.

Aquele povo exigia
Uma boa explicação
Queriam compreender
A resposta da questão
Como ele conseguiu
Encontrar essa nação?

Para não causar espanto
Sabino foi explicando:
“Eu estava convencido
Quando me via cavando,
Que em algum lugar se chega
Quando se vai caminhando.”

“Mas aqui nesse lugar
Ninguém nunca apareceu;
Nunca houve novidades,
De nada aconteceu;
Só conhecemos o ciclo
Do nasceu, viveu, morreu.”

“Não sabemos a nossa origem,
Nem o que, aqui, fazemos.
Vivemos acorrentados
Desde que nos entendemos
Depois daqui, ninguém sabe
Para onde nós iremos!”

“Ele é nosso salvador!”
“Lá de cima ele desceu!”
Gritava a multidão
Querendo sair do breu.
“Vem nos mostre o caminho
Que o livro prometeu.”

Todos ali, esperavam
Encontrar a salvação.
Sabino muito esperto
Prestava muita atenção
E esperava o momento
Pra sua intervenção.

Quase vinte mil pessoas
Lutavam por sua sorte
Passavam o tempo todo
Brigando por ser mais forte
E encontrar a saída
Do vale da sombra da morte.

Sabino subiu numa pedra
E gritou pra toda gente:
“Ouça, ó multidão:
A salvação é ciente
Mas só será conseguida
Se for quebrada a corrente”.

O povo indignado
Rosnava aborrecido:
“Isso não pode ser”!
“Que cara mais atrevido”!
“A corrente que mantém
O nosso povo unido”.

“Valedasombradamortienses,
Ouçam o que vou dizer:
Só quebrando as correntes
Algo pode acontecer.
A liberdade não vem
Tem que buscar para ter.”

Sabino falando isso
Por muitos foi aplaudido
Uns, que já eram líderes
Sentiam-se invadidos
Pois quebrando as correntes
Ficavam desprotegidos.

A maioria do povo
Não se lembravam de nada
Como era, afinal,
Na sua vida passada
Por isso que a outra vida
Era desacreditada.

Começou a acontecer
Uma grande confusão
Quem rompeu com as correntes
Seguiu-se em procissão
Em busca de liberdade
E duma nova nação.

E por onde se passava
Mais pessoas se engajavam
Na luta pela verdade
Que há muito procuravam.
E no caminho, Sabino
Muitas coisas os ensinavam.

Começaram a plantar,
Ter seus próprios alimentos
Tomar banho, estudar,
A curar dos ferimentos;
Muitos já praticavam
Coisas dos pensamentos.

Já estavam acreditando
Que não tinham que sair;
Que a tal da liberdade
Já passara a existir.
Havia feito estradas
Para poder ir e vir.

Quem não quebrou as correntes
Começou logo a tramar:
“Temos que pôr um fim
Nesta festa popular!”
E chamaram o diabo
Que veio analisar.

Quando o diabo chegou
Já tinha um plano tramado:
“Vamos exterminá-lo
Sem precisar ser julgado
Ele é subversivo
E será apedrejado.”

E perseguiram Sabino
Sem pena, sem piedade.
Embora, já fosse tarde.
Ele plantara a verdade
E os seus ensinamentos
Pra toda eternidade.

E o diabo tramou
Uma grande traição
Quem entregasse Sabino
Passaria a ser um cão
Governaria a área
Dos pecados de extorsão.

Um, dos seus, o entregou
E ele foi condenado.
Em praça pública foi preso,
Humilhado e torturado.
E com choros e aplausos
Ele foi apedrejado.

E das nuvens apareceu
Um anjo indignado
Que gritou: ”Venha Sabino
O juiz estava errado
O seu lugar é no céu
E já está reservado.”

III PARTE
SABINO VOLTA AO CÉU.
Lit. cordel: Wilson Palá

Sabino subiu ao céu
Por quatro anjos, içado.
Pela justiça do diabo
Estava sendo julgado
Com a ordem do divino
Ele foi arrebatado.

O povo vendo aquilo
Passou a acreditar
Que ele, realmente, foi
O escolhido a salvar
Todos, da escuridão
Tida naquele lugar.

E cultuaram Sabino,
Todo seu ensinamento;
Pregavam o bem comum,
Buscavam conhecimento.
Ramificaram o seu nome
E todo o seu pensamento.

Sabino tão ansioso
Para no céu adentrar
Sonhava em conhecer
O que era esse lugar,
Como se vivia ali?
Quem iria encontrar?

E foi chegada a hora
Da sua introdução
Na vida celestial
De tanta inspiração.
Soaram com as trombetas
Pra se abrir o portão.

E uma luz grandiosa
Invadiu lhe por inteiro
Ficando maravilhado
Por sentir-se verdadeiro
Mas o portão se fechou
Ele ouviu o ordeiro:

“Esse é o caminho
A vida e a verdade
O merecido que entrar
É pra toda eternidade.
Se transformará em luz
Guia da humanidade” .

“Lá não terás sentidos
Tudo será razão;
Não existirá ‘eu acho’
Apenas a perfeição;
Tudo será mantido
Na divina proporção.”

“É lá que define os sonhos,
O nascer e o morrer,
Que dá destino à vida;
Que faz feliz ou sofrer
É lá que é definido
O sentido de viver.”

Sabino, pois, perguntou:
“E eu tenho outra opção?”
“Você pode não entrar
E ficar nessa seção
Onde trabalha os anjos
Na administração.”

“Aqui se pesa pecados,
Algumas preces, atende;
Reencarnação urgente
Aqui, também empreende;
Até conflitos com o diabo
Nesta seção que defende”.

“Existem outras seções
Que você pode seguir:
Tem a seção de resgate
Ou a de abduzir
As almas do purgatório
Que estão prontas pra vir”.

“Tem a seção das florestas,
Dos rios, dos animais;
Lembre-se que aqui no céu
Nós somos todos iguais
Não importa onde esteja
Ninguém é menos, nem mais".

“Agora ouça o que eu digo:
Que para chegar à luz
São poucos os escolhidos
A prática quem lhes conduz
Pois, andará com cristo
O nosso senhor, Jesus”.

Sabino fechou os olhos
Para a transfiguração
E os portões se abriram
Em uma imensidão
De luzes, que lhe solvia
Rumo a eternização.

Nos sonhos e pensamentos
Encontrar-se-á Sabino,
Em um nascer d’uma flor,
Num sorriso de menino,
Em toda luz que ilumina
Esse mundo pequenino.

Fim.
W.P

Mãe Luíza – Um Lugar Bom de Morar.



Mãe Luíza – Um Lugar Bom de Morar.

No ano cinquenta e oito
Em vinte e três de janeiro
Mãe Luíza é registrado
Com um decreto certeiro
E Djalma Maranhão
Deixa o sonho verdadeiro.

Num lugarzinho de nada
E de um solo dunar
Dentro do parque das dunas
Arrodeado de mar
Perto do céu e do centro
E claro pelo luar.

Onde o sol nasce primeiro
E o farol ilumina
Várias espécies de pássaros
Que anunciam a matina
E pelos braços da brisa
Um acordar que fascina.

Uma praia no quintal
Árvores por todo lado
Basta andar um pouquinho
Para quem tá empregado
E chegar ao seu trabalho
Sem muito ter se esforçado.

Agora veja amigo
Essa tal situação
Quem goza esse privilégio
Não possui nenhum tostão
Os que possuem passam e diz:
Vamos tomar esse chão.

Articulam com políticos,
Repórteres e empreiteiros
Para privar esse povo
Que não tem muito dinheiro
Pra sair do paraíso
E ficar com o seu terreiro.

Boicotam a educação,
A saúde, a moradia.
A televisão massacra
Numa grande covardia
Dizendo que esse povo
Só vive de baixaria.

Rotula de favelado,
Bandido e marginal,
Baderneiro, maconheiro,
Nego do morro, animal,
Pinta e trombadinha
Na manchete principal.

Quando a polícia chega
Com essa informação
Não enxerga a beleza
Da grande população
E acha que ser do morro
É tá um passo da prisão.

Aí vêm os empreiteiros
Os arredores cercando
Penetrando-nos a força
A brisa vai se acabando
O povo indo embora
E os impostos aumentando.

As ONGs surgem do nada
Para dar uma forcinha
Vendem a carência alheia
Pra ganhar uma "graninha"
E tudo permanecer
Como antes sempre vinha.

Imagine na infância
Quem cresce nessa verdade
Acredita que é destino
Essa grande crueldade
E tornar-se marginal
É sua realidade.

Alimentar a miséria
Parece um combinado
Do líder aproveitador
E dos políticos safados
Que os preferem em currais
Do que conscientizados.

É triste também pensar
Que para ir adiante
Precise construir praças
Ou um castelo gigante
Se não investir no pensar
Gera um branco elefante.

Assim me pego pensando
Com toda minha inocência
Que se o povo passasse
A enxergar coerência
Não mudava as estruturas
Mudaria a consciência.

Pois, Mãe Luíza já é
Um lugar bom de morar
Banhado com a luz da lua
Regado com um belo mar
E de manhãzinha os pássaros
Para você vêm cantar.

Wilson Palá.

Uma história parida no seio de Mãe Luíza



Uma história parida no seio de Mãe Luíza.

Já ouvimos muitas histórias sobre as décadas de 80 e 90 em relação ao estilo musical predominante. Porém, tentarei apresentar um olhar vindo de dentro de um bairro simples e de periferia em que boa parte da população se aglomerava em grupos e entidades sociais organizadas. Uma história parida no seio de Mãe Luíza. Contudo, o foco dessa crônica é a música dos anos 80 e 90.
Além da música, que dava o tom nas festividades naquele tempo, em mãe Luiza, na segunda metade da década de 80 e seguindo até a primeira metade dos anos 90 havia algo novo acontecendo em relação ao modo de pensar o mundo e de se organizar da população. A chegada do padre Sabino Gentille como pároco da comunidade, a inauguração da escola Dinarte Mariz, que consequentemente traz D. Salete Bila, O professor Marcos Bulhões, O professor Vanduí Guedes, Professor Raul, Josafá que já pairava pelo bairro; além de outras figuras marcantes que entravam no cenário mãeluizense munidos de ideias novas de como observar o mundo, com seus modus vivendi mais apurados, apresentaram fatores importantíssimos para uma abertura pós-moderna inconsciente de uma população esquecida dentro de um assistencialismo público.
O quadro nacional era de crise no campo social, econômico e político, porém, no campo cultural, especialmente na música, havia uma explosão de talento representada pelo Rock nacional brasileiro através de músicos e bandas que são um extremo sucesso até os dias de hoje. Havia, então, um crescimento e a concretização de um mercado para a juventude que fez do rock um dos principais meios de expressão e análise em relação á situação por que passava o Brasil. O período que corresponde aos anos 80 e 90 no cenário nacional foi marcado pelo advento de novas tecnologias na área fonográfica que levaram ao barateamento do processo de produção. Os custos para a montagem de pequenos estúdios, em condições de realizar gravações de qualidade, tornaram-se mais acessíveis. Consequentemente, multiplicaram-se pequenas gravadoras (Indies), selos e artistas independentes. A indústria fonográfica sofreu uma reestruturação.
Em Mãe Luiza, a juventude passa a se articular em grupos de jovens voltados a causas ecológicas, sociais, religiosas; clubes de mães em várias áreas do bairro, cursos profissionalizantes e também a perspectiva artística se revelando nas áreas musicais, teatrais, artes visuais e outras modalidades como a literatura, os esportes que  mostravam-se de forma organizada. A festa externa da padroeira se torna palco para várias manifestações artísticas de adolescentes e jovens. Uma época em que se encontra Antônio (Pacholinha), Neto Ferraz, Francinaldo, João Pancho, Fom entre outros músicos aspirantes que se manifestavam em busca de um horizonte. Pedro arrisca na estruturação do Pop clube; Luciano já fazia as suas discotecagens no Procap; também já marcavam presença as matinês no centro social; o Forró da Véia preservava um glamour de uma época A Pax casa show surgia de fininho; A efervescência das grandes bandas da cidade também aflora: o grupo show Terríveis, os Impossíveis, Sui Generis, Impacto Cinco, entre outras. 
  E lá no cenário nacional Inúmeras são as bandas que surgiram nos anos 80, tais: Camisa de Vênus; Herva Doce; Plebe Rude; Absyntho; Afrodite de quiser; Brylho; Conexão Japeri; Dr. Silvana & Cia.; Egotrip; Espírito da coisa; Faust Fawcett e os Robôs Efêmeros; Gang 90 e as Absurdetes; Grafite; Heróis da Resistência; Inimigos do Rei; João Penca e os miquinhos amestrados; Magazine; Metrô; Sempre livre; Tokyo; Uns e outros;  Zero; Gengis Khan; Rádio Táxi; Trio Los Angeles; Yahoo; Ratos de porão; Cólera; Inocentes; Replicantes; Hanói-Hanói; Cinema a dois, e etc.
                As bandas: Engenheiros do Havaí, Legião Urbana, Barão Vermelho, Titãs, Paralamas do Sucesso, RPM, Ira, Capital Inicial pelo impulso midiático e ainda por algumas de suas letras questionarem o sistema politico e social foi de grande repercussão dentro do bairro pelos grupos e movimentos da juventude da época. Os luaus na beira do mar e no morro do farol; as festas americanas; o bar de Pituta;  os encontros dos movimentos populares e várias ocasiões festivas, não faltavam as baladas pop dos anos 80. A música nos anos 80 além de se configurar como música de protesto, é amplamente divulgado pela mídia nacional, pelo qual se denominou Rock Nacional dos anos 80. Nos anos 90, facilitados pela amplitude do mercado fonográfico, surgem novas possibilidades para estilos como Rap, Funk, axé, sertanejo, pagode, samba, forró, frevo, gospel e outros, não mais centrado num estilo predominante, a exemplo do Rock nos anos 80.
Assim, os quarentões de plantão que conseguiram sobreviver a essa enxurrada de estilos musicais do século XXI, bem vindo de volta e boa viagem musical.