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quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Pós-modernidade


Pós-modernidade

Uma vida pós-moderna
Vou tentar argumentar
É um tanto preocupante
E impossível de evitar 
Muito nova e confusa
Bem difícil de lidar.

Mas, para descomplicar
Tamanha complicação,
Comentarei três palavras
De uma evolução:
Representar, interpretar
E apresentar na ação.

Na época do realismo
Estava o REPRESENTAR.
Coisas da realidade
Era fácil transportar
De uma linguagem pra outra
Sem muito acrescentar.

Aí, vem o modernismo:
O real é diferente.
O critério do artista
Cria-se outro ambiente
E INTERPRETAR as coisas
É crescer culturalmente.

No advento pós-moderno
A ordem é APRESENTAR.
Os fragmentos reais
Nos objetos criar.
É onde as imagens vivem
Do real, a duvidar.

Realismo, modernismo
Agora pós-modernismo
São recortes diferentes
Do evolucionismo.
Só espero que este último
Não nos cave um abismo.

Mil novecentos e cinquenta
Com mudanças de verdades
O fantasma pós-moderno
Vem pra realidade
Nas artes e nas ciências
De muitas sociedades.

Computação, arquitetura
Marcam o seu nascimento
Art pop - anos sessenta
Bota forma no momento
Entrar na filosofia
Justifica o crescimento.

Hoje ele amadurece
No constante dia-a-dia
Na moda e no cinema,
Na música, filosofia.
Programado na ciência
E pela tecnologia.

Invade o cotidiano
Com muitas informações
Deixando-nos saturados
Com serviços e diversões
Mexendo nas alavancas
De várias situações.

Um novo estilo de vida
Nunca experimentado
Gostos e atitudes
De um modismo badalado
Colorindo o ambiente
Com humor massificado.

Dentro da economia
Tudo é personalizado
Ele busca o indivíduo
Que já vive isolado
Para o jogo do prazer
Que os valores são calcados.

As coisas viraram signos,
A vida perde o sentido,
O nada, o niilismo,
O vazio está contido.
Não tem Deus, nem ideais,
Nem futuro pretendido.

No ambiente pós-moderno
Toda comunicação
Entre os seres e o mundo
Vive a simulação,
A recriação das coisas
Para causar sedução.

Micro computadores,
Videogame, vídeo bar,
FM, moda eclética,
Estilo de maquiar,
Pornô e esportivismo
Tudo a se misturar.

New wave e pacifismo,
Coisas da astrologia,
Apatia social,
Terapia, ecologia,
Sentimento de vazio
Povoam o dia-a-dia.

O individuo compra tudo
Se tornando consumista;
Sua moral é o prazer
Transforma-se em hedonista;
Inda se acha o melhor
De todos os narcisistas.

Pós-modernismo desenche,
Desfaz a realidade,
Princípios, regras, valores,
Transforma toda verdade.
Dessubstancia o sujeito
Dilui a identidade.

A condição pós-moderna
É decadência fatal?
Ou renascer hesitante?
Se faz bem ou se faz mal?
É modismo, estilo ou charme?
Ou questão ambiental?

Tem-se na economia
A desmaterialização
Tudo se ver em signos,
Um show de informação
De estímulos desconexos
Postos em sobreposição.

Em relação ao modernismo
Eu faço a comparação
Para melhor entender
Essa grande confusão.
Ser moderno é estar
Nessa configuração:

De cultura elevada,
Arte, estetização,
Obra/originalidade,
Forma/abstração,
Tem a critica cultural
E a interpretação.

Já no pós-modernismo
É um pouco diferente
É quase uma negação
Desse tardio presente
E ele se configura
Ainda meio carente:

Cotidiano banal,
A desestetização,
Não ver obra nem autor,
De fácil compreensão,
Proporciona ao público
Maior participação.

Assim findo esses versos
Sobre o pós-modernismo
Faço um retrato falado
Cheio de pragmatismo,
Preocupações instantâneas
E muito individualismo.

Perfil sem religião,
Apolítico, amoral,
Naturista, narcisista,
Com deserção social.
Se você o encontrar
Siga o seu curso normal.

Wilson Palá

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